O clima ameno da montanhosa cidade de Belo Horizonte tornou a cidade referência para o tratamento da Tuberculose. Pacientes, médicos e pesquisadores passaram a viver na cidade. Entre os diversos sanatórios estabelecidos, está o Sanatório Hugo Werneck. Os sanatórios permitiam o isolamento social dos acometidos por esta doença pulmonar, cuja transmissão ocorre da mesma forma que a COVID-19. Construídos em áreas verdes, os sanatórios seguiam princípios curativos que influenciaram a arquitetura moderna: ar, luz e espaços amplos. Motiva este ensaio abordar a memória social e cultural da Tuberculose. Mesmo nos dias de hoje, a TB é a doença que mais mata no mundo. Apesar de seu tratamento ter sido desenvolvido nos anos 40, impedem a sua erradicação: o estigma, a desinformação e a falta de investimentos em doenças de países pobres. O projeto é também um gesto votivo da artista, que se curou da doença em 2018, em Belo Horizonte. O título é uma referência ao romance de Thomas Mann publicado em 1929. Atualmente, a antiga edificação do Sanatório Hugo Werneck está em uso e recuperação pelo centro de ecologia integral Casa de Francisco – Instituto Providens, que defende a demarcação da região da Granja Werneck como área de preservação ambiental.