HENRI BLOMMERS
Plastic utopia I Utopia plástica
Plastic utopia surpreende com imagens da natureza que confundem para esclarecer e traz uma reflexão sobre consumo, desperdício e ambientalismo. De início, Blommers, junto a outros artistas, realizou expedições pseudo-científicas, fazendo uma pesquisa de campo para recolher ideias e material. A partir do que aprendeu com a primeira pesquisa de campo realiza novas expedições, agora fotográficas, e cria imagens extraordinárias nas quais lixo e resíduos de todo tipo são cuidadosamente “replantados” no ambiente compondo – em perfeita harmonia – a beleza da natureza. Com o uso explícito do flash e abusando de cores saturadas, suas imagens tangenciam tanto o hiiperrealismo encenado na fotografia de propaganda, quanto a atmosfera fantástica e futurista da ficção científica. Sua potência não emerge de seu esplendor, mas da astúcia em girar o plano e inverter a perspectiva de aproximação ao tema. Ao destoar das imagens que inundam a mídia com cenas de resíduos e lixo abandonado, feio, indesejável, que já não dão conta de ativar o interesse das pessoas, o trabalho de Blommers funciona como um choque de consciência, ativando a urgência de prestarmos mais atenção no mundo.
henriblommers.nl
Holanda
‘Plastic Utopia”, surprises us with images of nature that confuse us to enlighten us, bringing a reflection on consumption, waste, and environmentalism. At first, Blommers, along with other artists, undertook “pseudo-scientific” expeditions, conducting field research to collect ideas and material. Reflecting on this experience, he resumes new expeditions, now photographic, creating extraordinary images where garbage and residues of all sorts are carefully “replanted” in the environment composing – in perfect harmony – the beauty of nature. With the explicit use of the flash and abusing saturated colors, his images touch both the hyperrealism staged in advertising photography, as well as the fantastic and futuristic atmosphere of science fiction. Its power does not emerge from its splendor, but from its cunning in turning the plane and inverting the perspective of approaching the theme. Unlike the images that flood the media with scenes of waste and abandoned, ugly, undesirable garbage, which is no longer able to activate people’s interest, Blommers’ images work as a shock of conscience, literally activating the urgency to pay more attention to the world.